30-07-2008: O irmão da minha mãe morava uns 5Km de distância de nossa casa. De vez enquando, meu pai, minha mãe e meus irmãos íamos visitá-los, mais ou menos umas duas a três vezes por semana. Sempre íamos de noite porque era o único horário livre que meus pais tinham.
Já era meados de fevereiro. Em uma dessas visitas aos meus tios, saímos da casa deles já muito tarde. Eram mais ou menos umas 22:30hs. Nesta visita estavam, meus pais, meus irmãos e meu avô que nesse dia resolveu ir.
Quando chegamos na rua de casa, que era uma descida e terminava em umas chácaras não tendo como prosseguir mais avistamos uma luz tão forte que parecia um holofote enorme.
Paramos e meu avô falou para meu pai:
- Zacarias, você já tinha visto aquilo?
- Não Oscar, hoje é a primeira vez que estou vendo, vai ver que estão caçando ai por esses córregos.
- É, talvez seja isso. Vamos embora.
Fomos descendo a ladeira até em casa e antes de entrarmos, olhamos, e a luz ainda estava lá.
Desse dia, toda noite depois das 22:00hs, da porta de casa olhávamos para aquela direção e lá estava a luz.
Nós íamos para casa do meu tio e toda vez que voltávamos, a luz estava lá.
Foi em um desses dias que voltando dessas visitas, meu avô falou para o meu pai:
- Que tal irmos lá ver que luz é aquela?
Meu pai sempre corajoso, respondeu de pronto.
- Vamos agora Oscar, mas não vai ficar com medo e correr!
- Ok. Vamos lá.
E foram os dois e nós ficamos só olhando e morrendo de medo (Claro!).
Minha mãe tremia com medo do que podia acontecer com os dois. Ficamos esperando ansiosos pela volta deles.
Passou-se mais ou menos uma hora. Escutamos som de risadas vindo do lado de fora da casa. Minha mãe abriu a porta e já foi perguntando:
- O que aconteceu, porque estão rindo, ficaram com tanto medo que enlouqueceram?
Meu pai tratou logo de acalma-la e contar o que havia acontecido realmente.
- Nós fomos indo a direção a luz, morrendo de medo. Chegamos perto, ai já dava para ver um vulto preto sentado em um banquinho e a luz bem na frente dele. O Oscar deu “Boa Noite!”, e o vulto respondeu: “Boa Noite”.
- Tremi da cabeça ao pés, pois era uma voz tremula e grossa. Como já havíamos passado do vulto e o caminho não dava mais saída, paramos e ficamos pensando como criaremos coragem para voltar.
- Enfim, começamos a voltar, quando chegamos em frente o vulto, ele nos fez uma pergunta:
- De onde vocês são, aqui não tem saída?
- Ai o Oscar conseguiu falar:
- Nós moramos aqui perto. É que todo dia a gente vê esta luz e estávamos assombrados!
A mulher respondeu tirando um manto preto que usava para se cobrir:
- É que minha filha estuda naquele colégio da avenida e volta essa hora e a pé. Então quando ela vê a luz já sabe que estou aqui esperando ela e fica mais aliviada.
Cumprimentamos a mulher e saímos dando risada. Rimos tanto com a situação e assim acabou a nossa assombração de todas as noites.
Por: Miltinho
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